sábado, 5 de novembro de 2011

Capitulo 8 - Aquele Babaca!

Eu estava sentada no salão principal do colégio com as costas apoiada na porta do banheiro masculino, chorando,“ele já deve estar morto”,Repetia para mim mesma, porque aquele babaca deixou a raiva subir a cabeça e saiu correndo daqui? Porque ele saiu sem nem ao menos pensar em mim ou na Je? Não me importo que ele tenha ficado irritado com a Amanda, não me importo que ele tenha se sentido culpado por causa da morte da Taiane, ele podia pelo menos ter ficado pela gente, mas não, ele é egoísta e só pensou em si mesmo.
Derrepente uma batida forte vem do outro lado da porta, com a força todo meu corpo extremecerá, acho que a Taiane acordou. Pensou nele depois de ter trancado as gurias no banheiro.
- Você esta fazendo o que aqui? Anda Gabriela! Nós temos que nos preparar, elas estão fazendo muito barulho ai no banheiro,logo,logo vão chamar a atenção de algum grupo. – Falou o Mutuka carregando algumas malas de roupas e suprimentos.
Olhei para ele com os olhos cheio de lágrimas, não precisei falar nada, ele compreendeu, calou-se e voltou a arrumar as coisas.
Eu devia ser otimista, afinal o Douglas saiu do colégio, ficou quase uma semana e meia fora e ainda sim conseguiu voltar sem nenhum arranhão, mas desta vez, algo me diz que vai ser diferente, não sei o que pensar, algo me diz que ele deve estar morto,alguns minutos antes de tudo isso acontecer ele estava chorando pensando em se matar e ele ainda não levou nada quando saiu daqui, deixou para traz até a jaqueta de couro que David dará para ele antes de se sacrificar pelo nosso grupo, como eu deveria me sentir?
Meus pensamentos foram interrompidos pelo olhar serio da minha melhor amiga.
- O que é isso? Ele vai ficar bem,Gabi,o Dodi já saiu antes, com certeza ele vai achar alguma forma de nos encontrar, o Gabriel disse que vai manter o celular ligado, vamos parar em uma loja de eletrônicos e pegar algumas baterias para caso ele precise ligar nós estejamos com o celular do Gabriel ligado, relaxa, ele já é bem grandinho, sabe se cuidar.
- Mas as antenas e os Satélites do mundo inteiro estão sem manutenção, você sabe que a qualquer momento os celulares vão ficar sem área, Je.
- Você esta muito pessimista hoje, calma vai dar tudo certo, o Douglas tem amor pela vida, ele não iria se deixar morrer.
Abri um sorriso falso, ela não vira ele sentado no chão, chorando descontroladamente pensando em suicídio.
- Vai! levanta dai e se eu te ver chorando por causa dele vou te dar um tapa tá amiga? – Falou Jenyffer apontando uma faca de corte para mim com um sorriso no rosto.
Me levantei e calmamente segui para o andar de cima para ajudar os outros a arrumar algumas malas.
Estava arrumando a mala do Douglas, certamente se nos vermos novamente ele vai ficar feliz de saber que as coisas dele ainda estão com a gente, se nos vermos não, nós vamos nos ver.
Olhei para jaqueta de couro com as iniciais DF bordadas em um fio dourado logo abaixo do emblema V.G.A da marca,Andei calmamente até poder tocar em seu couro, retirei o moleton que eu estava usando,senti uma onda de frio percorrer o meu corpo, estava um pouco frio pois Florianópolis era bastante gelada nesta época do ano, Coloquei a jaqueta em meu corpo, o cheiro de meu melhor amigo entrou em minhas narinas,
ele usara a pouco tempo, o cheiro dele ainda não tinha saído.
A jaqueta ficara bem grande em mim e as mangas passavam um pouco de meus pulsos porem eu me sentia confortável dentro dela, o frio momentâneo que apareceu por eu ter retirado moleton sumiu de forma tão rápida quanto tinha aparecido.
Percebi que as costas da jaqueta possuíam arranhões, nas mangas algumas mordidas, o Couro dela ainda estava firme, certamente nenhum desses arranhões e mordidas chegara perto de ferir Douglas, Percebi que o Cheiro dele só ficava por dentro da Jaqueta pois o couro não deixara ele se espalhar, “esta jaqueta com certeza é uma ótima defesa”,pensei comigo mesma, olhei novamente para as mordidas, algumas,entre as camadas do couro, tinham um pouco de um sangue bem escuro, “sangue dos infectados”, ninguém lavara esta Jaqueta desde que Douglas voltara, Derrepente senti um arrepio percorrer o meu corpo, seguindo de uma onda de tristeza,o Douglas teve vários momentos de risco, lutando de frente com os infectados, a Jaqueta era uma prova disto, ele não voltara sem nenhum arranhão por ter sido cuidadoso e experiente, ele voltara sem nenhum arranhão por causa da Jaqueta, David salvara o Douglas, Mesmo depois de morto ele ainda protege o meu amigo.
Desta vez ele estava sem sua Jaqueta, se ele não fosse cuidadoso, um simples arranhão, uma simples mordida e ele seria apenas mais um Morto-Vivo.
- O Dodi não levou a Jaqueta Gabi? Estranho, ele nunca sai daqui sem ela. – Falou Jenyffer em um tom um pouco mais preocupado do que agora pouco.
- Aquele babaca fez a escolha dele, Tudo que agente pode fazer agora é Seguir Sobrevivendo. – Falei colocando as mãos nos bolsos da jaqueta.
Dentro do bolso tinha um papel, o retirei calmamente e abri ele em minha mão.
O que diabos isso significava? Não fazia a menor ideia, Jenyffer se colocou ao meu lado e tentou ler o que estava no papel, e sem esforço para tentar descifrar desistiu rapidamente.
Fui para o salão principal, Gabriel estava lá,parado, olhando fixamente para o banheiro feminino, onde a Kawana estava presa.
- Biel! Quero que você veja uma coisa. – Falei da forma mais calma o possível.

- Tudo bem – Falou ele limpando as lágrimas dos olhos.
Entreguei o papel a ele, ele ficou fitando as letras por alguns segundos e em seguida abriu um sorriso.
- Já sei aonde o Douglas esta.
Uma pontada de felicidade veio ao meu peito, nós não o perdemos.
- Rigo, você deveria conhecer ele melhor do que eu. Lembra da época do colégio? Que quando ele ficava depressivo ele escrevia ao contrario? – Falou ele com um meio sorriso no rosto.
- ah, Eu lembro sim, puts!cara, como eu deixei isso passar. Me devolve. - Falei tentando pegar
novamente o papel, porem Gabriel foi mais rápido, rapidamente desviou de mim e foi a procura de um espelho.
- Devolve Gabriel! – Gritei já ficando irritada.
- Espera, vou achar um espelho, todo mundo tem que ver isso. – Falou Gabriel seguindo correndo para a biblioteca. – Chama os outros Rigo, nós temos outro destino.
Sem hesitar subi a rampa a procura dos meus companheiros, os primeiros a serem convocados foram a Jenyffer, Alceu e o Mutuka, logo após encontrei Amanda e Michelangelo arrumando algumas coisas e mandei de uma forma extremamente arrogante ela descer para ver oque Gabriel tinha para dizer.
Em segundos todos estávamos reunidos no salão principal, derrepente Gabriel aparece com um espelho maior que seu próprio corpo em suas costas e o papel de Douglas estava em suas mãos.
- Para que um espelho tão grande? – Falou Michelangelo.
- Não tinha um menor. – Falou Gabriel com um sorriso tímido. – Olhem. – Ele completou sua frase colocando o Papel de frente para o espelho, e oque era refletido eram palavras legíveis.
Ele estava em uma viagem de reconhecimento, somente isto, por isto ele havia deixado a jaqueta, ele sabia que um de nós iria encontrar a mensagem.
- Então já sabemos aonde ir, vamos para São Paulo, Mike!Podes olhar em algum radio e tentar descobrir a estação que o Douglas encontrou? Assim agente consegue as coordenadas.
- Claro – Falou Mike seguindo para o andar de cima.
Com um sorriso no rosto eu peguei as minhas malas e as de Douglas coloquei no Camaro, com a escolta do Gabriel é claro, eu não poderia ir aonde o carro se encontrava sozinha, poderia haver alguns zumbis.
Gabriel segurava um revolver em cada uma das mãos, vestia um moleton verde surrado com o emblema da marca puma no meio do peito dele, usava uma bermuda jeans preta e o ténis preto com azul de sempre.
- Gabriela, eu vou com esse carro, o Mutuka e o Michelangelo vão com a bimota e o Alceu já saiu em busca de outro carro, se ficarmos em movimento não vai ter tanto problema ir de forma espalhada entendes?
- sim, eu entendo biel, mas assim, se formos muito separados, ficarão poucas pessoas em cada carro, se houver algum problema ficara ruim para nos ajudarmos.
- tens razão eu não pensei nisso, mas… Puta que pariu! – Gabriel gritou impedindo a si mesmo de completar sua própria frase.
Olhei na direção dele, havia muitos Zumbis vindo na direção, eles ainda não haviam nos visto, se estivessem nos visto, alguns já estariam correndo na nossa direção.
- Eles devem ter sido atraidos pelo barulho que nós estamos fazendo. – Gabriel falou com um sorriso no rosto.
- Nem pense em atacar agora Gabriel, vamos para dentro avisar os outros. – Falei puxando a mão dele em direção a porta que nós saímos.
- Não, se entrarmos não sairemos mais, são muitos, eles vão certar o colégio em poucos segundos.
- queres que agente deixe todos lá? Não,você esta louco? – Falei ficando irritada com ele.
- talvez se alguém ganhar tempo, talvez se eu matar alguns. – o sorriso dele aumentara.
- Não, você quer ter o mesmo fim que o Eduardo? Se matar para tentar salvar um grupo inteiro?
- eu consigo ficar matando até vocês saírem, depois é só parar o carro próximo e me pegar, eu não vou levar nem um arranhão.
- Ele tambem pensou assim e tivemos que deixar ele caído no chão se transformando aos poucos. Gabriel você não vai, é uma ordem. – Falei já irritada.
O Gabriel não era como o Douglas, ele não se importava tanto com a minha opinião, ele sabia que eu pensava com clareza e tudo mais, porem, ele não se importa se eu ficar chateada com ele.
- cala boca, eu vou e deu, não estou pedindo a tua opinião, vai lá dentro e faça oque achar melhor, eu só acho que seria uma boa você chamar as pessoas para sair, só isso. – Falou olhando para mim com um olhar muito bizarro.
Ele abriu um sorriso de orelha a orelha, olhou o tambor dos dois revolveres que estavam completamente carregados, colocou um no bolso da bermuda, pegou um pé de cabra que estava no porta-malas do carro e saiu correndo em direção aos bichos gritando.
Seus gritos chamaram a atenção de uma parte do bando, que foi correndo na direção dele, enquanto eu corria para dentro do colégio.
Bati rapidamente na porta de entrada, Mutuka abriu.
- Cade o Gabr.. – sua frase foi interrompida pelo tiro do revolver de Gabriel.
- oque ele ta fazendo? – Mutuka reformulou a sua própria frase
- nos ganhando tempo, ele é louco! Eu sei! Agora vamos aproveitar a loucura dele e sair daqui.
- como assim? – Mutuka estava confuso.
- Tem um monte de zumbis vindo para cá! Nós estamos fazendo muito barulho, vamos temos que sair daqui! – Falei empurrando o Mutuka e entrando no colégio.
- Achei! A colonia é no Litoral paulista! Já sei como podemos chegarmos. – Michelangelo desceu a rampa gritando.
- ta tudo beleza então! Oque falta para colocarmos nos veículos? – Falei
- Algumas bagagens e suprimentos, Alceu já foi procurar uma caminhonete. – A minha melhor amiga me respondeu.
- Porque uma caminhonete? – Falei sem entender
- vamos fazer paradas para pegar alguns suprimentos, estamos com falta de agua e de comida, ta ligada? – Mutuka falou.
Concordei e segui para o segundo andar, entrei na sala e me deparei com as bagagens completamente prontas, atras delas Amanda estava sentada com um meio sorriso olhando para mim.
- eu vou no Camaro, você vai? – Amanda falou olhando nos meus olhos.
- agora eu acho que vou no carro que o Alceu vai trazer. – Falei virando as costas para ela e saindo da sala.
Ela acha que é assim? Fazer as pessoas se afastarem de nós e tudo ficar tranquilo?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cartas para um mundo sem infecção - Gabriel

Você tem ideia de quantos corpos sem vida eu já fiz cair no chão? você tem ideia de quantas cabeças já abri? hum... até eu já perdi a conta,já cheguei perto de me render ao medo e ao desespero, mas percebi que eu preciso realmente é mata-los,o engraçado é que eu gosto, eu falo que eles me atacam... eu só me defendo, mas as vezes eu fico pensando, se essa guerra sou eu e não eles.
Mesmo aquele isolado, que nem chegou a me ver, que não representa perigo nenhum para mim ou meu grupo, eu sinto vontade de largar tudo e todos para mata-lo, ou talvez deixa-lo inanimado.
Todo homem deveria ter a oportunidade de sub-julgar seus inimigos,de matar aquele que ao seu ver merece morrer. eu vejo que somente eu aceito bater de frente, os outros correm, somente eu aceito o fato que estamos vivos para destruí-los, que estamos em uma guerra, que devemos mata-los e não fugir deles, e por mais que esta guerra seja difícil de aceitar, todos os dias que eu acordo me vejo nela,Eles são muitos, separados insignificantes mas juntos podem causar um estrago que você não imagina,estou cada vez mais cansado, mas esta guerra existe a quase 2 anos e não vai ser agora que eu vou desistir. Eles tiraram minha mãe, alguns amigos, tiraram minha vida, a vingança é oque mais importa agora,eu não vou deixar nenhum deles viver, eu falo como se me importasse com as vidas perdidas no passado, não é bem vingança, é mais um empréstimo, eu só estou pegando oque eles me pegaram com um certo juros.
Eu admito que esta infecção generalizada me deixou um pouco sem paciência, mas me transformou em um homem de verdade, sem ela eu seria apenas mais um no mundo, com ela eu sou apenas um cara que se diverte vendo miolos explodirem(risos).


Eu continuo correndo,
Mas eu não posso continuar
eu tenho que parar...
parar só um pouco...
um pouco para matar...

Quando eu mato me sinto mais próximo ao ódio.
essa escuridão não para de me possuir...
Mas eu gosto desse episodio
não me importo se para o inferno eu ir.

não to com paciência para fazer mais alguma coisa, tem muitos zumbis lá fora para eu matar... Fuiz...

Capitulo 7 - Até que enfim!

Douglas!Douglas! Douglas!...
A voz soava distante, familiar porem ainda distante, senti meu corpo chacoalhando mas não conseguia abrir os olhos, estava cansado demais.
- DOUGLAS! acorda! Você quer morrer? – o grito de Marina ecoou em meus ouvidos e consegui energia o suficiente para abrir os olhos novamente,enfim acordando.
Ela estava sobre mim no banco do carona do mustang, ele estava batido na lateral de uma ponte, olhei para os lados desnorteado ainda por causa do leve sono que eu me encontrava a alguns segundo, meus amigos estavam fora do carro lutando com dezenas,talvez centenas de infectados, os únicos amigos que não estava lutando era marina, que tentara desesperadamente me acordar, Gabriela, Que estava agonizando no banco traseiro e Guilherme que estava desacordado ao lado de Gabriela.
-O que aconteceu? – Falei sacudindo a minha cabeça, eu estava tão cansado que nem parecia que eu estava dormindo agora pouco.
- Começou a aparecer zumbi pra caramba mano! E tu não acordava! Eles saíram para tentar alguma coisa, eu fiquei tentando acordar você, da pra acreditar que eu to tentando te acordar a quase 8 minutos? – Marina atropelava suas próprias palavras, ela estava agitada e eu estava em “câmera lenta” por ter acordado a alguns minutos, não daria certo conversar com ela agora.
- Eu não estava falando disto, queria saber por que o carro esta batido e por que estamos lutando com um bando de infectados agora, mas deixa para lá. – Terminei minha frase empurrando ela e saindo do carro.
Dei dois passos para frente e, do nada, vejo o grandão me protegendo de dois infectados que aparecem vindo em minha direção.
- Garoto! Se for para continuar dormindo volta para o carro! Não conseguisse nem ao menos ver dois zumbis que te atacaram! – Gritou o “gigante” que havia me ajudado a escapar do acampamento macabro.
A quantidade de corpos no chão era incrivelmente assustadora, havia sido formada uma roda envolta do carro, eles não paravam de atacar, não tinham nenhuma sincronia simplesmente atacavam.
Giovanna pulava, socava, chutava, fazia coisas incríveis contra os infectados que nos atacavam, nunca achei que ela seria do tipo boa de briga, quando me dei conta estava com um sorriso no rosto,um sorriso sem motivo, estava tonto, tudo estava girando, tentei dar um passo porem tropecei em meu próprio pé, por sorte Marina me segurou.
- tais muito cansado! Volta pro carro. – ouvi sua voz ecoar em meio aos gemidos dos mortos
Derrepente um infectado corre desgovernado na nossa direção, ela se posiciona na minha frente e chuta a cabeça do infeliz, derrubando-o.
Olhei para dentro do carro através da janela do banco traseiro, Gabriela tremia de forma assustadora, e Guilherme dormindo como um bebê.
- Ela ta morrendo não é? A Gabriela ta morrendo não tá? – Falei com um nó na garganta.
- Não! Ela Não ta morrendo! Ela vai ficar bem! – Marina explode bem na minha frente, gritando para cima de mim.
Olhei o desespero nos seus olhos, me lembrei de como é perder um amigo, de como é saber que em breve ira velo morrer, me lembrei do Eduardo e do David,ambos indo ao inferno para salvar nosso grupo.
- Tens razão, ela vai ficar bem, palavras tem força, ela vai ficar bem, lá na colónia vão tratar ela e ela vai se levantar normalmente. – abracei ela e sussurrei tais palavras em seu ouvido.
Derrepente percebi que estava acordado novamente, meu corpo ainda doía, porem não estava mais tonto ou desligado.
Olhei para a dianteira do carro, Estava completamente amaçada, o pneu dianteiro esquerdo estava torto, retirar o carro naquelas condições seria impossível a única forma de fugir seria a pé.
Entrei no carro e apertei o botão para abrir o porta malas, olhei Gabriela com o canto do olho, se contorcendo no banco traseiro, ouvindo os gritos de ataque dos meus amigos e os gemidos dos mortos, sai do carro pela janela do banco do motorista pois a porta estava trancada no guard rail da ponte, a ponte era alta,talvez uns 10 metros de altura, lá embaixo tinha um córrego em movimento.
Me posicionei no teto do carro, deslizei pelo vidro traseiro e pulei atrás do carro, o cansaço não deixou minhas pernas agirem da forma correta, acabei caindo.
Me levantei rapidamente abri o porta malas e fiquei apavorado, todas as armas que eu havia conseguido antes de sair de Florianópolis, todas as munições, tudo, havia sido retirado do carro, não havia mais nada naquele porta malas, exceto por um facão e dois coletes salva vidas dos quais já estavam lá dentro antes de eu roubar o mustang.
Peguei o facão e lancei para o grandão do qual eu ainda não sabia o nome, ele pegou o facão em pleno ar e com velocidade decepou o cabeça de um infectado que tentava morde-lo.
Corri novamente para a a dianteira do carro e peguei a minha mini metralhadora que estava com munição, a outra seria inútil.
Me virei rapidamente e fui matando todos que chegavam perto de meus amigos,ou fazendo-os enfim ficar inanimados.
Não havia como fugir, nós iríamos perder, as balas da mini metralhadora estavam acabando, não conseguiria fazê-los ficarem afastados por mais muito tempo, derrepente tive uma ideia.
- Vamos pular rio abaixo, é o único jeito. – Falei.
- não! Falta só mais alguns quilómetros para chegarmos a colonia! Ela esta no litoral Paulista! Estamos quase lá! Não podemos desistir agora! – O grandão falou.
- nós estaremos desistindo se continuarmos lutando aqui! – Falou Giovanna, sua aparência estava irritada.
- Mais e a Bee? Ela não esta em condições de nadar. E o Guilherme? Ele não acordou desde que nos saímos daquele inferno! – Marina falou mais assustada em relação a Gabriela.
- Marina! Vai no porta malas do Mustang pega um salva-vidas e coloca um na tua amiga - Falei com um ar de autoridade.
Ela me obedeceu e subiu no carro pronta para pular, Giovanna também subiu sobre o mustang e se apoiou no guard rail pronta para se jogar em uma queda de quase 10 metros.
- Não! Não podemos! – O grandão gritava descontroladamente.
- Não temos outra escolha! – entrando no banco traseiro, colocando a Gabriela no colo e subindo no teto do carro.
O grandão pegou o Guilherme e também subiu no carro porem não parou de reclamar, entreguei a minha arma para ele e amarrei o salva-vidas de Gabriela ao meu corpo, assim ela não desceria rio abaixo desgovernadamente.
- Gigia! Mima! Vão, to indo logo atrás de vocês!só lembre-se de cruzar os braços e esticar bem as pernas porque a queda é longa! – Gritei para elas seguirem.
Ambas pularam, escutei seus corpos baterem na aguá e olhei para baixo, rapidamente a cabeça de Giovanna apareceu para fora da agua e foi levada pela correnteza, já Marina demorou um pouco para aparecer porem logo apareceu.
- Graças a Deus as duas não se machucaram. – sussurrei aliviado.
Quando me preparei para pular junto da Gabriela que estava firmemente amarrada no meu peito o Grandão grita.
- Não, por favor! Não! Eu não sei nadar – por um minuto achei que ele estava brincando, porra! Um cara que tem um braço que é do tamanho do meu corpo inteiro não sabe nadar? Porem quando olhei para ele e vi seus olhos, percebi que ele estava falando a verdade, ele não tinha medo de enfrentar uma legião de mortos-vivos,porem tinha medo de mergulhar em um rio.
- Vamos, tem mais um colete salva-vidas no porta-mala pega ele e pula, vamos! Vamos! Rápido.
- Gui, cara! Se for para acordar,acorda agora! Por favor! – Sem nenhum sinal do meu amigo, ele estava completamente desacordado e isso seria um problema.
O Grandão rapidamente pegou o colete, colocou em Guilherme, amarrou nele, olhou para mim com um olhar envergonhado e pulou.
- Eu sei que vai ser doloroso e provavelmente você nem esta me ouvindo – sussurrei no ouvido de Gabriela – Mas se você estiver me ouvindo, por favor quando nós pularmos dessa ponte, coloque toda a sua força nas suas pernas, se você não estiver completamente firme quando cair na agua a essa altura, provavelmente ira quebrar alguma parte do seu corpo.
Eu fui logo após terminar, em pleno ar abracei Gabriela e prendi seus braços ao seu corpo para que ela não se machucasse, logo após avistei suas pernas ficando firmes, ela me ouviu.
A força da agua foi gigantesca, ficamos girando debaixo d’agua por alguns segundos, derrepente senti o colete salva vidas de Gabriela nos puxando para cima e ,derrepente, estávamos respirando novamente com uma força monstruosa das correnteza nos levando para algum lugar que eu não fazia ideia de onde seria.
Procurei por meus amigos, mas tudo que conseguia ver era agua e o borrão vermelho do cabelo da Gabriela, Me dei conta que ela poderia estar se afogando e eu mergulhei forçando o corpo dela para cima com o intuito que ela respirasse.
Passados Alguns minutos sendo levado pela corentesa, alternando entre a minha respiração e a de Gabriela vejo meus amigos se aproximando de mim e a correntesa ficando mais calma, fomos nos aproximando lentamente, todos nós estavamos cansados então ninguem lutou contra a correntesa, certamente encontrariamos um local apto para podermos sair do rio e podermos descançar.
Olhei para o grandão, Ele levantou o polegar indicando que estava tudo bem para mim, ele estava de costas para a Giovanna e a Marina, O Guilherme havia acordado porem ainda estava transtornado,estava usando o Grandão como apoio, coitado, quando ele dormiu estava preso e quando acordou estava sendo jogado de um lado para o outro por uma correntesa muito forte, que bom que o pior já havia passado.
Giovanna e Marina estavam abraçadas, boiando no rio e sendo levadas pela correntesa, qua já não demonstrava perigo, Fiquei apavorado quando vi que o braço de Marina sangrava, era um pouco grande, entorno de um palmo, não seria motivo para se preocupar se tivessemos algum kit de primeiros socorros, porem ela ficaria sangrando até que conseguissemos algo para parar o ferimento.
- Douglas? ta tudo bem? – Ouvi a voz da Marina vindo da frente.
- Sim, Eu to legal! A Bee tambem está, bom, Está tão bem quanto antes. – Falei juntando todas as minhas forças e deixando aparecer um sorriso em meu rosto,eu estava tonto, não conseguia enchergar direiro mas estavamos vivos e isso é oque importava.
Olhei para frente, achei que era uma ilusão, senti lagrimas escorrerem pelo meu rosto, havia deques pelos dois lados do rio, casas de madeira e de concreto,a medida que as pessoas viam nós nos aproximando foram se aglomerando nas bordas do rio,vi dois garotos de aproximadamente 19 anos se jogarem na agua e ajudarem Marina e a Giovanna,logo outros dois já entraram no rio, um para ajudar o Grandão e Guilherme e outro me ajudou com Gabriela a sair do rio. Nos apoiaram na Grama ainda na margem do rio, proximos a algumas casa,Estava sem força para movimentar um único musculo, 4 homens pegaram Gabriela e o Guilherme e os levaram correndo e gritando que eles estavam mals e que precisavam de cuidados, Giovanna e o Grandão já logo se levantaram, Marina deitada ficou com um sorriso de uma criança feliz e eu até tentei levantar, mas não tinha mais força.
- Qual os seus nomes crianças? – Falou um homem de Aproximadamente 35,40 anos, não consegui enchergar seu rosto pois minha visão estava embaçada.
- Meu nome é Giovanna, o dela é Marina e o que ta quase morrendo de cansaço ali é Douglas – Giovanna disse com entusiasmo - esse aqui é Taylor, mas agente chama ele de cyclope. – foi então que eu soube o nome do cara que salvou a minha vida 3 vezes.
- De onde vocês são?
- De Florianopolis, De Florianopolis – Falei antes de desmaiar, não deixando a Giovanna responder. a esperança volto ao meu coração,outras pessoas,varias pessoas,me sinto vivo novamente...
André Ricardo Duran:
Estava treinando o meu Parkour normalmente, pulando sobre algumas casas, estava ganhando na corrida do meu professor, esta ficando bom quando:
- André! André! Vem aqui! Encontramos mais sobreviventes! – Gritou Samantha desesperadamente.
- Ta e oque eu tenho haver com isso? – Falei pulando por cima dela, caido em uma cambalhota e ficando de pé rapidamente, meu professor parrou em cima da casa do qual eu pulei para o chão.
- é que eles são de Florianopolis tambem, talvez você reconheça.eles estão no posto de saude, alguns estão muito machucados e outros só estão vendo se esta tudo bem. – Ela falou timida pra mim
- são de florianopolis? – Deixei transparecer minha felicidade – Quantos?
- acho que é 6 ou 7, não tenho certeza. – Disse Samantha.
Agradeci e olhei desesperadamente para meu professor.
- Vai,vai! Acabou a aula por hojê. – Falou ele com um sorriso no rosto.
Dei um Beijo no rosto de minha amida agradeci ao meu professor e segui correndo para o posto de saude.
Entrei correndo pela porta da frente. A Garota ficava atendendo as pessoas me disse para ter calma,que eles estavam no segundo andar, no quarto 14 e era para entrar devagar.
Entrei na porta, Haviam 5 pessoas, um homem enorme, careca, com uma cicatriz no olho esquerdo que parecia cego. Uma Garota que eu reconhecia de vista, Olhos bem azuis, porem eu lembrara dela com cabelo loiro e não moreno,qual era o seu nome? Janaina?Giovanna? Uma garota com um corte no braço, mas com um sorriso feliz no rosto, seu rosto tambem me era familiar, a outra eu chegava a conhecer,Gabriela, mas nunca parei para conversar com a mesma.
A única pessoa do qual eu realmente tinha alguma afinidade ali era o guilherme, que estava deitado, tambem com um sorriso no rosto.
- Parabens! – Falei tentando esconder a frustração de não ter um amigo realmente muito proximo junto aos sobreviventes que se encontravam na minha frente. – vocês sobreviveram até aqui. – Falei com um sorriso no rosto seguindo na direção do guilherme.
- Que bom que você esta aqui cara. – Falei abraçando ele, mesmo deitado.
- Cara! Achei que não iria mais encontrar ninguem do colegio… Primeiro as Gurias, Depois o Douglas,Agora voc…
- O Douglas ta aqui? – Falei sentindo uma descarga de felicidade, Mais um amigo vivo.
- XUXA! – Grito ecoou pelo quarto mais forte que um tiro de escopeta, Aquela voz, me virei com um sorriso no rosto respondendo ao meu apelido dos tempos do colegio.
Corremos um na direção do outro, nos abraçamos forte, percebi que ele estava chorando em meu ombro, sem conseguir me conter, acabei por chorar tambem.
- Cara, achei que não ia mais ver outro rosto amigo, achei que… - Douglas atropelava suas palavras soluçava como uma criança.
- Calma, esta tudo bem, tem mais pessoas aqui, cara! Nós temos amigos vivos aqui ainda. – logos após ter falado isso percebi que ele ficou ainda mais feliz, coitado, deve ter passado por muita coisa para conseguir chegar aqui…
- Mas antes de qualquer coisa você tem que descançar, fazer alguns exames e talz – Falei olhando para seu rosto cansado. – Cara, o Edu, ele… - minha Frase foi interrompida com o Douglas desmaiando na minha frente…

sábado, 20 de agosto de 2011

Capitulo 6 - Velhas amizades aparecem.

Eu sei, Dei a minha palavra que não iria a lugar nenhum, porem, não quero ficar em um lugar onde tem alguém que não me respeita, ainda mais quando eu sou obrigado a ajuda-la.Me senti obrigado a deixa-los, eu era apenas um peso não? Espero que Gabriel entenda a mensagem que eu deixei no bolso da jaqueta, se ele encontrar e compreender, nós iremos nos encontrar em breve.
12:40 da noite,o velocímetro marcava 260 km/h na interestadual do qual eu dirigia,eu amo esse carro, um Mustang preto, 358 cavalos, havia achado ele a alguns dias enquanto fugia de um bando de zumbis,sim eu lembrei a rua.
O carro é muito veloz, mantendo o ritmo eu chegarei em São Paulo apenas algumas horas.A musica dentro do carro era bastante alta, não me importava de chamar atenção desses seres repugnantes, se me avistarem,não conseguirão chegar nem perto do carro a velocidade que eu estou, senti a pele do meu rosto se esticando em um sorriso, eu sentia um prazer gigantesco em estar em alta velocidade.
Desliguei a musica do Aparelho do carro e coloquei na frequência 87.1 AM do radio, a mensagem era a mesma,sempre repetitiva.
“Ainda existem sobreviventes no mundo inteiro, possuímos uma colónia no interior de São Paulo, oferecemos abrigo, comida e segurança, nossa população é de aproximadamente 2 pessoas por metro quadrado, esta mensagem é para qualquer humano refugiado nos cantos mais grotescos do nosso planeta, estamos vivos, estamos aqui, estamos esperando.Repito…Ainda existem Sobrev…” Mudei para a musica de um CD que eu havia roubado antes de partir para minha viagem, sabia praticamente de cor a mensagem daquela frequência, não havia necessidade de ouvi-la novamente.
Pisei no freio do carro com violência, impossível, repeti para mim mesmo, peguei duas mini metralhadoras e com uma em cada mão e sai do carro em direção a garota que estava no meio do asfalto,a única luz era dos faróis que saiam do Mustang, ela estava sentada abraçando suas pernas, eles não conseguem ficar desta forma,seus músculos atrofiam quando transformados o que os impede de dobrar a perna de tal forma,por isso eles andam mancando.
Cheguei perto da garota e apontei a arma para ela.
- o que você esta fazendo aqui? – Falei assustado, era uma interestadual, havia uma cidade a alguns quilómetros porem já deveria ter sido desimada por causa da praga.
- Olá? Quem é você? – Falei e novamente não tive resposta.
Cheguei mais perto da garota e fiquei desesperado, não era uma garota,era uma boneca de pano, parecia uma criança, uma garota para ser mais exato, fiquei apavorado, uma armadilha? Não,eles não eram tão inteligentes para chegar a este ponto, e mesmo se fosse, como saberiam que eu estaria passando pela interestadual neste exato momento?
Em poucos segundos eu estava cercado,aproximadamente 20 homens,nenhum zumbi, em cima do meu mustang havia um homem,30 anos no máximo, seu corte de cabelo era um moicano, estava sem camisa, seu corpo era cheio de tatuagens e feridas, porem,como os outros, não tinha nenhum sinal de ser um morto-vivo.
Dois me atacaram com bastões de ferro, apontei as mini metralhadoras para eles e ambos pararam, tirei a trava de segurança e olhei para o que estava em cima do carro, que eu deduzi ser o líder.
- Oque vocês querem? – Falei olhando para o líder punk.
- Queremos você, usaremos você como nosso combustível. – seu rosto abriu um meio sorriso satânico, semelhante com o que o Gabriel projetava em seu rosto.
-Me deixem ir recebi uma mensagem estou indo para uma colonia em São Paulo.
- Cale a boca, vejo que você utiliza armas de fogo, renda-se sem lutar e a sua morte sera rápida e indolor. – Falou fazendo sinal para os outros atacarem.
Me joguei no chão atirando em todos os que chegavam perto, mesmo possuindo duas mini metralhadoras seria difícil sair ileso de uma briga contra 20 homens, havia derrubado 5 homens quando um bastão de ferro foi lançado na minha cabeça e eu fiquei inconsciente.
Acordei deitado em uma jaula, em uma especie de acampamento,haviam em torno de 30 jaulas que estavam em volta de uma fogueira, a única iluminação do local, todas as jaulas tinham alguma pessoa,duas jaulas possuíam um infectado em cada, havia uma casa de madeira grande onde vários punks entravam e saiam,pelo local percebi que era única forma de entrar e sair deste grande circulo macabro.
- Onde eu estou? – Sussurrei para mim mesmo.
- caísse numa arapuca garoto. – Falou um homem,de aproximadamente 40 anos, que estava preso na jaula ao meu lado.Pelo seu sotaque deduzi que era gaúcho.
- Oque eles querem com agente? – Falei me levantando e olhando para ele, possuía uma barba rala, suas roupas estavam rasgadas,como se estivesse a muito tempo preso naquela jaula.
- Eles acreditam que a carne humana os deixam imunes a infecção. – Falou com um olhar reflexivo, aquele tipico de quando a morte esta próxima.- Eles aproveitam o sinal da colonia que tem em são paulo e a maioria das pessoas que vem do sul em direção a são paulo passam por esta interestadual acabam sendo pegas em uma armadilha, só por terem compaixão. – Lembrei da boneca de pano. – Eles mataram a minha filha. – Seus olhos mudaram de tristeza para ódio de uma forma muito rápida.
Neste meio segundo cerca de seis punks sairam da sala, o punk que estava em cima do meu Mustang estava entre eles, passaram pela minha jaula me encarando e abriram a jaula do senhor que estava ao meu lado.
- Ta na hora de morrer velhote. – Falou o líder.
- Vocês vão arder no inferno! – Gritou meu vizinho enquanto era espancado até perder a consciência.
Fiquei horrorizado com a cena,seu sangue começou a escorrer no chão, gotas quentes saídas do corpo dele pingaram no meu rosto, ouvi seus ossos partindo, a vida sumindo dos seus olhos,mesmo eu tentando, não conseguia retirar minha visão daquela covardia.
- Não tem coragem de lutarem sozinhos! precisam atacar em grupo! – Gritei me apoiando na jaula.
A resposta que eu tive foi um soco, mirara no meu rosto, porem eu fui rápido, desviei do seu punho e puxei seu braço para o lado forçando-o contra a grade, quebrando o mesmo, o líder solta um urro de dor.
Eles sairam arrastando o corpo do homem de 40 anos levando ele para uma fogueira, fatiaram suas pernas e passaram a assar sua carne,meu deus, pensei comigo mesmo.
Em meio a aquele tumulto avistei em uma outra jaula, uma garota,aquele rosto, tive um pulso de energia percorrendo no meu corpo e comecei a gritar:
- Giovanna! Giovanna!
Seus olhos azuis vieram ao meu encontro, percebi que ela me reconheceu, porem tudo oque demonstrou foi um meio sorriso, suas roupas estavam sujas e rasgadas, seu rosto estava arranhado e cansado, pela sua aparência deduzi que ela estaria naquele local a muito tempo.
Tinha que sair dali, não podia simplesmente ficar preso e esperar virar a próxima refeição,olhei para a fechadura, estava um pouco velha, mesmo assim parecia que iria suportar qualquer coisa que eu viesse a fazer contra ela, olhei ao redor da minha jaula, não havia nada que eu pudesse usar para tentar abrir aquela cela, o chão era de terra porem seria impossível fazer uma passagem sem que eles percebessem, olhei para cima, as grades da jaula na parte de cima estavam enferrujadas, pulei e me segurei nas grades forçando as para baixo, ouve um barulho leve do ferro,porem acredito que não daria de fazer uma abertura, capaz que uma jaula iria me deter, porem se eu tentar sair com tantos deles em volta de mim, certamente acabarei sendo morto, por isso, sentei-me no chão e esperei o tempo passar, aproveitei que estava sem alternativa nenhuma senão esperar e descansei um pouco.
Quando acordei já era meio-dia, pois o sol estava bem no meio do céu azul, quase sem nuvens, meu rosto estava queimado, minhas costas doíam e eu estava sonso por causa do sol, levantei-me apoiando meu corpo nas grades e olhei ao redor.
Só havia um punk sentado olhando para as grades, ele estava com uma de minhas mini metralhadoras em sua cintura, certamente era o vigia, de alguma forma deveria usa-lo para sair daqui.
- Ai!Curte ACDC? – Falei tentando puxar conversa com ele.
Ele não fez nada, simplesmente fez uma cara de desentendido e virou o rosto para os jaulas do lado oposto,me perguntei se ele estaria olhando para Giovanna dormindo do outro lado da fogueira.
Entraram mais dois punks carregando uma criança, uma garota de aproximadamente 6 ou 7 anos, e o jogaram dentro da jaula do antigo senhor de 40 anos, mesmo com o sangue. Ela estava desacordada com seu próprio sangue escorrendo na parte superior da sua cabeça, não identifiquei o lugar do ferimento por causa do excesso do sangue, porem pela quantidade, deveria ser profundo,ou ela estaria sangrando a horas.
Os dois que apareceram falaram algo para o que estava de vigia e seguiram para a grande casa de madeira
O vigia olhou para a criança caída ao meu lado deu 6 passos lentos até se apoiar na grade que prendia a garota.
- que bom, a carne das crianças são macias. – Falou abrindo um sorriso no rosto.
Senti uma onda de fúria percorrer meu corpo, coloquei a mão para fora da grade com o intuito de agarra-lo porem foi inútil.
- Oque foi playboy? Ficou com raivinha? Quer proteger a criança? – Ele falou em meio as gargalhadas. – atrás destas grades você não é nada - falou apontando a mini metralhadora para minha cabeça, sabia que ele não iria atirar pois não havia retirado a trava de segurança.
Soltou uma pequena risada e colocou a mini metralhadora na cintura novamente.
- Você vai ser o primeiro que eu vou matar quando eu sair daqui. – sussurrei alto o suficiente para ele ouvir.
Ele olhou para mim com um sorriso familiar no rosto, o mesmo sorriso que o Gabriel tinha quando portava uma arma, o mesmo sorriso que o Gabriel tinha quando estava matando os infectados, o Punk estava louco, tão louco quanto meu amigo.
O punk colocou seus dedos envolta da minha grade e encostou seu rosto entre as grades que suas mãos seguravam, em uma fração de segundo consegui calcular a força necessária para poder quebrar o pescoço dele, porem não tinha certeza se depois de mata-lo eu conseguiria ter tempo o suficiente para abrir a minha cela, abrir a cela da Giovanna e libertar a criança, libertar todos os prisioneiros sem fazer um tumulto seria praticamente impossível.
- Mas você não vai conseguir sair verme. – Ele sussurrou com o sorriso no rosto.
Coloquei a minha mão sobre sua cabeça e com toda a minha força puxei, através do moicano, sua cabeça para dentro da cela, suas orelhas rasgaram e, em meio aos gritos dele,sua cabeça entrou completamente, seus sangue escorreu pela grade, dessa vez eu abri o sorriso.
- Não preciso sair para te matar.
Apoiei meu pé na lateral da jaula e pulei caindo sobre a cabeça do infeliz quebrando o pescoço dele.
Seu corpo ficou mole,preso pela sua cabeça através da grade, olhei rapidamente para o outro lado da fogueira, apagada e cheia dos restos mortais de vários humanos, Giovanna me olhava com um meio sorriso no rosto,seu olhar ainda não tinha o brilho que eu lembro que tinha antigamente, porem ela estava um pouco mais feliz.
Puxei o corpo do punk sem vida com o intuito de procurar a chave, porem falhei em encontra-la,peguei a mini metralhadora em sua cintura e efetuei 3 disparos na fechadura, a porta se abriu rapidamente,os prisioneiros começaram a gritar pela minha ajuda e eu sai as pressas da jaula, sem hesitar, atirei na fechadura da jaula de Giovanna, que já estava de pé.
Ouvi passos se aproximando de dentro da casa, não sabia quanto de munição esta arma possuía, não podia arriscar em um combate direto, ainda mais que ele deveriam possuir suas próprias armas.
Olhei para jaula da criança, ela havia acordado com os disparos de minha arma, estava chorando assustada, os primeiros punks apareceram na porta da casa, a tirei na direção deles e eles voltaram para dentro tentando se proteger, passei a abrir todas as celas que estavam em minha frente,alternando entre os tiros mirando nos punks e os tiros mirando nas fechaduras das jaulas.
Em pouco tempo eu havia libertado todos os presos que eu consegui visualizar, a garotinha havia se perdido em meio ao tumulto.
- A Marina,o Guilherme e a Bee estão lá dentro! – Giovanna me disse em meio a confusão.
Os rostos dos meus amigos desde antes da infecção passaram por minha cabeça, o do Guilherme, com seus cabelos um pouco grandes e seus olhos tão escuros quanto os meus, da Gabriela Martini, cuja a cor do cabelo é imprevisível, e da Marina, a gordinha mais simpática que eu conheci. Que porra é essa? Reunião do colegial?
Um homem enorme, os músculos do seu corpo eram assustadoramente grandes, careca e com uma cicatriz no seu olho esquerdo que parecia ser cego, apareceu atras de mim e levantou Giovanna, por um segundo pensei que ele iria joga-la contra os punks, mas tudo que ele fez foi coloca-la em cima das celas e dizer para ela sair dali e ir para um local seguro.
- Vamos salvar os seus amigos. – Disse o Pseudo-gigante
Os punks vieram com pedaços de madeiras e varias coisas, o Grandão ia se defendendo de todos e ainda conseguia me proteger, achei incrível eles quebrarem um pedaço de madeira em seu braço e ele continuar como se não sentisse dor alguma.
Algumas pessoas que estavam em meio ao tumulto foram nos seguindo e nos apoiando contra os punks, cheguei próximo a um que estava em frente a porta, ele apontava a minha outra mini metralhadora para mim,por puro impulso apontei a minha arma descarregada para ele,aconteceu uma cena um tanto ilaria, antes de eu puxar o gatilho e lembrar que minha arma estava descarregada o punk de cabelo roxo pulou para o outro lado da porta com o intuito de se proteger e praticamente jogou a outra arma em meus pés, peguei minha segunda mini metralhadora e, com um tiro em sua cabeça, matei o medroso. Descemos as escadas correndo, o grandão sabia o caminho para o “calabouço”.
Derrubamos mais alguns punks que apareceram pelo caminho, pouquíssimos possuíam armas com munição, alguns tinham porem eram só para intimidar.
Chegando lá fiquei chocado com a minha visão, pessoas em estados incrivelmente degradantes, tinha mais 6 pessoas presas, porem essas não estavam somente trancadas dentro de jaulas, também estavam pressos pelos seus pulsos nas paredes do calabouço, avistei o guilherme, seus cabelos estavam mais curtos do que eu lembrara, estavam sem corte e ainda estavam grandes, ele estava desmaiado, suspenso pelos seus braços presos a parede, do outro lado da saleta Martini estava agonizando, gemendo, e gritando de dor, a principio não entendi o porque de seu sofrimento, ela estava tão acabada quanto o guilherme porem nada parecia doer em seu corpo, alguma doença talvez?
- Douglas? – Ouvi uma voz rouca,dolorosa e triste, porem familiar.
-Marina? – Virei-me na direção da voz.
Ela estava muito mais magra, seus rosto estava machucado, seus cabelos bagunçados,na mesma situação que os outros,porem estava acordada e não aparentava sentir uma dor tão intensa quanto a Gabriela.
Sem hesitar atirei na fechadura abrindo a porta, segui para as correntes que prendiam-na e ela desmoronou em cima de mim, não conseguia se manter de pé sozinha, teríamos problemas para carregar eles.
- Abre as outras celas, eu consigo carregar os 3 mas vou precisar que vc me de cobertura contra esses malditos. – Falou o grandão pegando a minha amiga no colo.
Abri a cela da Gabriela e a libertei, sempre correndo, também abri a cela de guilherme e o Grandão colocou eles em cada ombro, concordamos um para o outro e partimos para a saída mais próxima. Não libertei os outros porque o meu ato de compaixão poderia custar a vida de nós 5.
Atirava em todos os que chegavam perto de nos,a quantidade de punk foi diminuindo rapidamente quando percebemos estávamos do lado de fora da casa novamente, porem, desta vez estávamos do outro lado, o lado que dava para estrada.
Olhei para traz e vi giovanna pulando de jaula em jaula e correndo em nossa direção por cima da casa.
Sem Hesitar ela saltou de uma altura de quase 3 metros, me assustei com sua atitude, em um momento para tentar protege-la tentei segura-la em pleno ar porem tudo que aconteceu foi ela cair em cima de mim.
- é um infeliz mesmo né? Eu iria conseguir. – Falou ela com um sorriso no rosto, como se fosse a alguns anos onde nós ficávamos fazendo bobagens na frente do colégio.
Nos levantamos rapidamente e saímos em direção a alguns carros que encontramos estacionados perto da casa.
Meu Mustang estava lá, como eu me lembrava de te-lo deixado, entrei dentro do carro, virei a chave e o ronco do seu motor fez Marina olhar para a minha direção.
O grandão colocou os feridos no banco traseiro junto com Giovanna e ele sentou no banco ao meu lado.
- sabes dirigir criança? – Falou com um meio sorriso no rosto.
- Melhor que muitos… melhor que muitos.. – Falei soltando uma gargalhada e cavando com o carro na segunda marcha.
Passado algum tempo de viagem, já todos estávamos mais calmos, Marina já estava descansada e Giovanna cuidava dos ferimentos do Guilherme e da Gabriela com Aguá oxigenada, ataduras e alguns analgésicos que eu havia deixado no porta-luvas antes de ser sequestrado.
- Estamos indo para a colonia? – Disse Marina no banco traseiro.
- Sim – Falei, não tinha força para abrir uma conversa construtiva, meu corpo doía, estava cansado, meus olhos estavam trémulos e eu não conseguia fechar a minha mão envolta do volante.
- Queres que eu dirija? Para você dormir um pouco. – Disse o grandão percebendo meu esforço.
- Adoraria. – Falei me rendendo ao cansaço.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cartas para um mundo sem infecção - Douglas

ultimamente venho estado estranho sabe? irritado, dramático, depressivo, psicopatico, sim! eu não estou ligando em fincar uma faca na cabeça de alguém(não que eu não valorize a vida humana), venho pensando em morrer as vezes, estou sentindo saudade de algumas pessoas, não to mais com paciência para ficar ouvindo muitas lorotas, sabe? aquelas pessoas que ficam falando...e falando...e falando...da vontade de enfiar um soco na cara dela...das pessoas...
Tipo, você deve estar achando que eu estou louco né? completamente pirado?não?(risos) acho que estou até normal demais para um mundo onde eu vivo.
Sempre desejei isso ta ligado? sempre desejei um mundo de adrenalina, sempre desejei um pouco mais de ação no meu dia-a-dia, mas oque eu encontrei não foi oque eu imaginava, ver os amigos morrerem,a família, não ter mais motivos para sorrir,entendes?
Não sou dos mais espertos, não sou dos mais burros, sempre fui assim, sempre fui um pouco louco sabe? mas desde que isso começou, eu meio que, fiquei completamente.(risos)

Aqui esta o massacre!
Um desastre feito pra mim!
eu vivi feliz por cem anos!
cem anos que eu não percebi!

uma carnificina sem perdão.
um massacre sem alma ou coração.
o ceifador anda ao meu lado,
sempre esperando o momento
o momento que eu ficar desamparado,
luto para me manter de pé
mas esta difícil me levantar.
mas se eu perder sem lutar
eu juro...
eu juro que nunca vou me perdoar...

O mundo que eu vivia era bom!
bom até demais!
agora sobreviver é tudo que eu tento...
sobreviver e nada mais.

quando você sabe que o fim se aproxima...
e sabe que não tem escapatória...
você luta,luta,luta!
mas sabe que não pode obter a vitoria.

Aqui esta o massacre!
Um desastre feito pra mim!
eu vivi feliz por cem anos!
cem anos que eu não percebi!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capitulo alternativo 3 - Em meio aos mortos literalmente.

Confesso que quando Marcos falou que a cidade estava sendo atacada por mortos vivos eu não acreditei, só passei a acreditar quando uma força gigantesca foi aplicada na porta da qual nós segurávamos, jogando nós dois para o traz e abrindo a porta.
Um bem grande apareceu, sua pele era cheia de chagas, sua pupila era um cinza quase branco, sua mandíbula era gigantesca e seus dentes eram enormes.
- oque é isso meu Deus? – Gritei apavorado.
- É um zumbi, mas este não é como os outros, de alguma forma ele é maior e mais forte.
Ele correu na nossa direção, com um golpe de sorte eu consegui chutar a sua perna ele cambaleou e caiu ao meu lado, girei rapidamente para o lado oposto e me levantei,Marcos apontou uma pistola que eu sabia que estava carregada de balas de borracha, um, dois tiros certeiros na cabeça do zumbi.
Para o meu espanto as balas entraram no crânio dele, não fizeram grande estrago, porem entraram na sua cabeça, olhei para Marcos sem entender e ele entendendo a minha expressão falou:
- A pele e os ossos deles não são tão resistentes quanto os nossos, um tiro com balas de borracha a queima roupa consegue atravessar até mesmo o crânio deles.
Entendendo sua explicação corri o segui para fora da solitária, fora do meu pequeno refugio estava um caos, pessoas sendo comidas vivas, zumbis correndo para um lado e para o outro, fiquei horrorizado com a cena, tão horrorizado que meu corpo simplesmente parou, não conseguia me mover.
- Vamos, David, não é hora de parar, você quer morrer? – Marcos falava enquanto puxava a minha mão para sua direção.
Quando voltei a pensar com clareza vinha um soldado que eu identifiquei como sendo da segunda divisão,sem pernas rastejando rapidamente na nossa direção, Marcos apontou a arma e quando ele estava perto o suficiente deu dois disparos.
- Tais esperando oque? Vamos! – Gritou olhando para mim.
Segui ele até a garagem do acampamento, o Acampamento tinha garagem?
- Somente cabos sabem da existência dessa garagem, nós treinamos pilotagem aqui, ela é bem grande como pode ver, enfim, vem. – Marcos atropelava suas próprias palavras.
Olhei para os lados, havia corpos no chão, aparentemente mortos, porem eles tremiam, oque eu achava estranho, realmente tem algo errado.
- Cara, Eles não podem nos atacar? – Falei sempre seguindo o Marcos.
- oque David? Eles estão mortos. – Falou sem parar de correr na direção de um carro do Exercito que me lembrava um hummer.
- Cara, você mesmo disse, são zumbis, e zumbis são cadáveres que comem gente, e cadáveres, são mortos. – Falei tentando colocar algum sentido na minha frase, mas até mesmo eu achava estranho.
- isto daqui é vida real David! Não é historias em quadrinhos, existe alguma forma de trazer alguém de volta a vida? Não! Os que estão nos atacando são apenas infectados, se eles tivessem morrido antes do vírus entrar neles eles ainda estariam mortos. – Ele falou ficando irritado, enquanto chutava um soldado zumbificado que vinha na minha direção.
Ele entrou no carro de exercito, me lembrava alem de um hammer,um tanque, gritando para mim entrar, sentei ao seu lado, ele engatou a marcha ré e seguiu para a saída de ré mesmo.
Estávamos 54 km/h de marcha ré, aquele veiculo era bom, puxou o freio de mão e derrapou com o carro até coloca-lo de frente para a saída que estava fechada, passou a procurar algo no carro.
- Onde esta! Onde esta! – ele falava baixinho para si mesmo.
Derrepente um dos corpos que eu acreditava ter visto morto no chão a um minuto atrás aparece na janela e agarra o meu amigo.
Por puro impulso dei um soco com toda a força que eu encontrei no corpo no rosto dele, ele foi um pouco para trás porem não largou Marcos, Marcos passou a soca-lo o monstro quase o mordeu, porem não conseguiu.
Dei um chute pela janela, meu corpo passou totalmente por cima de Marcos, o Zumbi caiu no chão, deu tempo o suficiente para me colocar novamente no meu lugar e Marcos fechar a janela.
- Ele estava morto, olhe, o peito e parte do abdômen esta aberto, meu Deus! O coração nem se quer esta batendo! E ele continua a se mover. – Gritei olhando pela janela do Marcos.
Marcos achou um controle que estava embaixo do seu banco, apertou um botão e a porta da garagem se abriu, Ele engatou a primeira marcha e pisou fundo no acelerador, porem quando o carro estava saindo apareceram em nossa frente o Perreira e a Doutora da Enfermaria.
- Pare! Deixe eles entrar! – Falei quase sem fôlego.
- Eu já ia fazer isso.
O carro parou e os dois entraram.
- Obrigado. Valeu mesmo. – Perreira estava quase chorando.
- Obrigada. – A loira dizia sem fôlego.
Marcos pisou no acelerador de uma tal forma que o carro ficou cavando alguns segundos até sair do lugar, voamos pela saída da garagem, passamos por um posto de referencia, onde normalmente se para o carro para explicar a saída, porem nós não paramos, em um estrondo a barra de ferro que impedia a fuga de indesejados voou por cima do carro e nós estávamos a mais de 100km/h nas ruas de total pânico em Florianópolis.
Gente sendo comida no meio da rua, pessoas gritando por todos os lados e muitos, muitos zumbis andando pelas ruas.
O carro estava andando a 160 km/h, Marcos dirigia rapidamente, desviando de pessoas que corriam ensanguentadas e desgovernadas e de alguns zumbis que apareciam do nada, todos dentro do carro permaneciam em silencio,somente prestávamos a atenção na estrada da qual Marcos fazia manobras.
- Estamos indo para onde? – Falei quebrando o silencio.
- Não faço a mínima ideia. – Marcos falou retirando por um minuto a atenção da pista, me olhando.
- é para onde nós vamos? – Perreira falou
Neste meio segundo eu vi um bando de zumbis envolta de um cara, 18,19 anos no máximo, cabelos um pouco grande, sua pele era pálida, ele socava a cabeça de uns, chutava outros, seu rosto tinha vários pingos de sangue, ele estava assustado, Não podia deixa-lo lá, mesmo sem conhece-lo, ele tinha família não? Alguém iria chorar por ele se ele fosse morrer?
- Para o carro! – Gritei – Eu vou ajudar aquele cara.
- Não para Williams! oque é isso Folks? Se pararmos podemos morrer!para que ter piedade de um estranho? – Parreira gritou no banco traseiro.
-Por causa desta piedade que você esta aqui agora,e olha! Eu já acho aquele cara menos irritante que você. – Gritei me virando para ele e apontando meu dedo em seu rosto.
O carro diminuiu um pouco e antes de parar saí correndo em direção a roda de zumbis que havia sido formada em volta dele.
Olhei ao meu redor e peguei um bastão de um metro e meio jogado no chão e comecei a acertar todos aqueles que estavama envolta dele.
Lutamos juntos contra os infectados, um protegia o outro, quando fui jogado no chão por zumbi e o cara do qual eu protegia não pode me ajudar, Marcos surge em meio aos mortos e arranca a cabeça dos que estavam prestes a me morder com um facão.
- fica ligado. – Falou com um meio-sorriso no rosto.
Enquanto nos encaravamos um tentou atacar Marcos por traz, mas aquele que nós defendiamos acertou-lhe um chute em sua cabeça.
- Acho que esse foi o ultimo, Graças a deus. – Falou se recompondo do susto que havia tomado antes de eu aparecer para salva-lo.
- valeu! acho que não escapava dessa se não fosse você cara. – Agradeceu olhando para mim com um sorriso, seu rosto estava cheio de sangue,seus cabelos eram um pouco grandes, seus olhos eram um tanto negros, possuia um piercing transversal no lugar de um brinco na sua orelha direita, usava um aparelho,vestia uma bermuda jeans preta com os pingos de sangue, moletom cinza tambem com os pingos de sangue, em sua canela havia uma tatuagem que parecia tribal, mas não tinha certeza.
Ele andou até mim e levantou a mão para me comprimentar, eu aceitei seu comprimento e ele segui apertando a mão de Marcos, logo em seguida Perreira aparece gritando para nós andarmos logo, senão ele nos deixaria ali mesmo.
- Não posso ir – Disse o Tatuado – Tenho que ver se minha mãe esta bem, tenho que ajuda-la. – Falou com um sorriso sem graça – agradeço oque vocês fizeram por mim, mas eu não posso ir com vocês. – Falou correndo sem hesitar na direção oposta aqual o carro se encontrava.
- Cara! – Gritei e ele se virou quase que imediatamente. – Qual o teu nome?
- André! André Duran! – Ele gritou voltando a correr rapidamente.
Virei-me para Marcos e sem falar mais nada, seguimos para o carro.
- Quero ver o meu Pai - Falei já sentado no banco traseiro.
- tudo bem. - Acreditei que Marcos não iria entender, ele acreditava que eu odiara meu pai, porem se não entendeu, não demonstrou.
Após muitas reclamações de Perreira,estacionamos o carro em frente a casa da qual eu morava antes de ir para aquele acampamento infernal.Passei correndo pelo terreno e comecei a bater com força na porta.
- Pai!! - Gritei com todas minhas chances,ele passava pouco tempo em casa, porem era mais provavelmente encontra-lo aqui do que em qualquer outro lugar de Florianópolis.
Derrepente dezenas deles apareceram em volta de mim, Marcos foi atirando, chutando e matando todos que estavam em sua frente até parar do meu lado e se preparar para a batalha.
- Oque aconteceu? - Falei desesperado sem entender absolutamente nada.
- Não sei, ele vieram quando você gritou. - Marcos falou atirando duas vezes na cabeça de um infectado.
Me virei e chutei a cabeça de uma mulher, que eu identifiquei como sento uma vizinha minha, sem tempo para atacar, me joguei no chão afim de desviar de uma mordida,dois tiros das balas de borracha soam pelo ar e o corpo enfim inanimado cai em cima de mim. Nossa luta pela sobrevivência foi sangrenta e cansativa. As balas da pistola haviam acabado, Marcos pelo pescoço um em cada mão, Eu cai no chão por ter chutado em pleno ar e lutava com dois no chão mesmo, para não ser mordido, quando um tiro soou explodindo a cabeça dos dois que tentavam me morder com uma unica bala.Olhei na direção do tiro.
- Uhul! é nois! - Perreira gritou de pé em cima do carro com um sorriso satânico no rosto.

domingo, 17 de julho de 2011

Capitulo alternativo 2 - Cansei de Apanhar

Faz uma semana desde que eu estou neste inferno. Apanhando todos os dias, o pior é que eu não posso fazer nada, até mesmo quando recebo elogios dos meus superiores, até quando eles não tem motivos para me bater, todos os dias, as 19:30, ele me colocam para limpar o banheiro e cinco soldados aparecem para me espancar, tenho hematomas pelo corpo inteiro, estou começando a me cansar disto, acho que vou fugir daqui, Marcos diz que se eu fugir eles me acham até no inferno, mas dois dias de folga já são o suficiente para mim não enlouquecer.
- e ai cara, também não consegue dormir? - Marcos falou no beliche de baixo, como ele sabia que eu não estava dormindo? estava totalmente parado. deixei um sorriso abrir em meu rosto, ninguém deste dormitório poderia reprender o Marcos, afinal ele era o cabo responsável pela nossa sub-divisão.
- é Senhor Williams, Estou com problemas para dormir,sim, senhor. - Falei com um sorriso no rosto, eu sabia que ele não gostava que eu falasse desta forma com ele.
- Cala boca, David, não gosto que os meus chegados falem assim comigo. - Ele falou em meio a suas leves risadas.
- Cara, eu tenho que ganhar o próximo teste, tirar em primeiro, seja oque for, não quero tomar mais porrada cara, estou todo dolorido, estou afim de um pouco de desafio. - Falei me sentando no beliche.
- Exatamente com isso que eu estou preocupado, cara,eu acho que você vai perder, eu acho que você vai ficar em ultimo, sem poder nem mesmo tentar. - Ele falou subindo na minha parte do beliche e sentando ao meu lado.
- Porque? eu sei que todos os cabos já sabem qual sera o próximo teste e que também não podem falar, mas porque você acha isso? - Falei ficando preocupado,os últimos colocados sempre se ferram.
- Cara, não fala pra ninguém, mas vai ser uma especie de caça a bandeira, o acampamento inteiro vai ser dividido em 15 grupos, sem limite máximo de pessoas em cada grupo, porem tem que ter no minimo 3 pessoas em cada. - Ele sussurrou no meu ouvido, olhou para mim com uma cara de preocupado, ele não podia me ajudar muito, se ele me ajudasse apanhava junto e ainda tinha o risco de perder o cargo de cabo, entendia a preocupação dele, perderia por W.O. se não conseguisse mais duas pessoas para se juntarem comigo, porem a diretoria estava pressionando todos, ninguém conseguia se aproximar de mim sem começar a apanhar, pelo menos sem apanhar mais que o normal.
- Droga, não aguento mais apanhar, estou prestes a explodir, a cada soco que eu tomo, a cada dor que os outros me fazem sentir, eu reprimo mais este ódio, essa porra ta me corroendo por dentro, como se, isso se alimentasse da violência que eles fazem comigo.
Ele olhou para mim, com um meio sorriso no rosto, colocou a mão sobre o meu ombro, sussurrou algo que eu não consegui ouvir, porem não perguntei oque foi, pois, parecia que ele estava falando consigo mesmo.
- Cara, libera essa raiva de vez em quando, se algum cara no mesmo nível que você errar, e claro, se você não gostar dele, ataca, pode bater, a diretoria não liga, eles só vão separar, porem, ele tem que errar, ou desrespeitar algum superior, tens que agir como se estivesse tentando educar o cara,você ainda ganha pontos com a diretoria, eu sei que é errado, porem é a unica forma de não enlouquecer aqui dentro, não sei se você percebeu, mas todos estão fazendo isso. - eu sabia que todos estavam fazendo isso, eu era o cara que não deixava todos loucos,eu era o saco de pancada, porem não precisava de motivos, se alguém estava afim de bater em alguém, ele vinha me bater, e o pior, eu não podia revidar. - Cara - continuou ele - Quanto mais tu reprime, mais tu alimenta o mostro. - Ele abriu um sorriso.
- Agora nós temos que dormir, daqui a duas horas o sargento acorda todo mundo. - Ele falou se jogando na cama de baixo.
- Boa noite Cabo, Boa noite Folks. - uma voz soou do interior do dormitório, nós não estávamos deixando alguém dormir.
Coloquei meu rosto no travesseiro porem não consegui dormir, me virei para um lado, me virei para o outro, e nada. Definitivamente eu não conseguiria dormir esta noite.
Desci no beliche, coloquei a farda,afinal eu não possuía outra roupa neste acampamento, com o leve barulho da minha bota de exercito,andei devagar até a porta, chegando na porta avistei Sebastian, nunca soube o primeiro nome dele, Olhando para mim, e fazendo sinal para mim não ir.
- se eles te pegam você esta fodido Folks. - Ele disse olhando no meu olho,seu olhar era sinistro, quase me dava medo.
- Cara, obrigado pela preocupação, mas eu preciso disto, não consigo ficar mais assim. - Falei seguindo para rua.
Comecei a correr em meio aos arbustos, qualquer sinal de um vigia eu tinha que me esconder, não poderia ser visto, qualquer um que não respeitasse o toque de recolher, apanha, apanha pra caramba, ainda mais eu, eu mesmo, nossa.
Pulei por cima de um barranco e desci deslisando o mesmo, estava feliz, o simples fato de correr por vontade própria, o simples fato de me sentir livre. a ultima vez que eu corri, foi quando estava só de cueca fugindo dos tiros de paintball do Cabo Anderson, e a sensação não era nada boa.
Corria rapidamente,vendo pouco por causa da escuridão, eu fui desviando de arbustos e pedras que estavam na minha frente, Pulei por cima de uma pedra e me apoiei em uma arvore,passei a subi-la com velocidade, em alguns segundos já estava no topo dela, a visão era linda, o acampamento todo estava apagado,porem, logo após a faixa escura do acampamento estava a cidade, a linda,bela, simpática, e magica Florianópolis.
- Alto lá! - A voz do soldado Perreira apareceu em meio ao mato com uma lanterna, ele estava apontando algo para mim, não era a lanterna, aquilo era uma pistola?
- Porra, isso é uma pistola? eles entregam pistolas pra quem esta de vigia? - Falei indignado para o Perreira.
- ah, é você Folks, porra, você não cansa de apanhar? caralho, volta pra cama antes de eu te dar uma surra e te dedurar para alguém. - comecei a descer a arvore.
- Tudo bem, não estava conseguindo dormir, porque você esta sendo legal comigo? - mesmo sendo arrogante, ele poderia me dedurar agora, ele poderia me bater e eu não poderia fazer nada.
- Cale a boca, e suma daqui antes que eu mude de ideia verme, e se eu te ver fora do teu dormitório mais uma unica vez, eu juro que te quebro a cara.
Abri um sorriso e dei-lhe as costas, Derrepente uma dor gigantesca bateu em minhas costas, eu cai gemendo de dor.
- não vai se acostumando, não sou bonzinho, verme, ah, e a pistola, é carregada com balas de borracha.
Ele falou e seguiu pelo caminho contrario ao meu e eu fiquei caído no chão gemendo de dor. Vou matar ele, eu juro.
Acordei mais tarde, com o Cabo da Silva me chutando no estomago.
- Soldado! porque você esta dormindo no chão? você desrespeitou o toque de recolher? seu superior ira saber disto, e você... você esta encrencado inútil.
Tive uma explosão, Quanto mais tu reprime, mais tu alimenta né? acho que o meu já ta de barriga cheia.
Me levantei girando o meu corpo e dando uma rasteira no cabo, ele caiu de cara no chão,da Silva olhou para mim furioso, se levantou e me encarou.
- Você ousa revidar um de seus superiores?
- Cansei de apanhar. - Falei calmamente.
Ele me deu um soco no meu abdômen, eu urrei de dor, me posicionei e acertei-lhe um soco no rosto, ele tombou para o lado com o impacto do meu punho, sem deixa-lo cair, puxei ele pela farda e dei-lhe um chute em sua perna direita,ele caiu no chão, pulei por cima dele, coloquei os meus joelhos por cima de seus ombros impedindo ele de revidar.
- Agora você vai sentir oque eu sinto. - Falei dando um soco tão forte em seu rosto que minha mão doeu.
Minha mãe não iria gostar de ver esta cena, porem eu estava cansado de apanhar, estava cansado de deixar barato, eu conseguia ganhar uma luta com qualquer um daquele acampamento, conseguiria bater até naquele grupo de cinco que vinha me bater todos os dias no banheiro, porque que eu iria apanhar de graça? para tentar dar orgulho ao meu pai? logo ele que após a morte da minha mãe passou a ter desgosto por mim? não, meu pai que se dane, meu valores éticos que se danem! esses soldados de merda que se danem!
Passei a socar o Cabo cada vez mais forte, seu rosto já estava inchado,sangrando e ele urrava de dor, derrepente Perreira aparece mais a frente gritando para todos.
- Folks esta batendo em um oficial.
Ele correu em minha direção,parei de socar o Cabo, agora você é meu, Perreira, me levantei e corri em direção a Perreira, percebi que o seu olhar de raiva teve uma leve oscilação para um de medo, ele achava que eu não tinha coragem de revidar ninguém, ambos pularam ao mesmo tempo, seus braços passaram por cima dos meus, empurrei e peguei seu pescoço em pleno ar, em um estrondo nossos corpos batem no chão, o meu por cima do dele, Ele grita de dor, Ele podia ser muito mais alto e largo que eu, porem eu era mais forte.
- CANSEI! EU CANSEI! - Gritava furioso no rosto de Perreira.
Levantei ele a força e apliquei a Clinch, técnica muito usada do kickboxing, que consiste em segurar o adversário através do corpo e aplicar uma serie se chutes nele, no meu caso, no abdômen dele.
Com toda força, botei a minha mão no abdômen dele e forcei ele para cima, girando ele no ar e jogando ele de cabeça para baixo no chão. Ele bateu com a cabeça no chão e virou de costas, seu pescoço dobrou de uma tal forma que se ele não tivesse gritado antes de desmaiar eu iria achar que teria matado o cara.
Derrepente 6 soldados vieram na minha direção correndo, apenas dois possuíam porretes. Você é um demônio quando esta irritado, nem mesmo eu que sou seu professor, consigo te ganhar, é como se você tivesse nascido para lutar.Como se, mesmo morto, como se mesmo morto você pudesse ser muito assustador lembrei das palavras de meu professor de Kickboxing.
Corri na direção deles e, quando estavam na distancia correta, pulei e derrubei um chutando a cabeça do mesmo, cai por cima de outro forçando meus pés em,seu peito, dei uma cambalhota e dei uma rasteira em outro, me levantei calmamente e encarei os três que ainda estavam de pé, enquanto os outros se levantavam.
Eles me cercaram, um loiro bem largo me atacou, eu desviei e em seguida dei-lhe um chute nos seus futuros filhos, eu sei, era anti-ético mas eu estava irritado e se deixasse barato, eu iria apanhar feio, Ele caiu gemendo no chão e ali ficou.
ele começaram a atacar todos juntos, desviava com facilidade e chutava seus estômagos, peitos e países baixos.
todos estavam caídos exceto por um que eu estava dando um mata leão e outro que estava parado com o rosto em panico olhando para mim sufocando seu amigo. Ele se virou e saiu correndo gritando.
- Reforços, Reforços, não conseguimos domina-lo. Reforços!
O que estava sendo sufocado em meus braços arfou dolorosamente, afrouxei o mata leão.
- vou te deixar sair ileso, com uma condição, nunca mais olhe na minha cara, se você se meter no meu caminho novamente, eu não vou ter piedade. - Falei largando ele.
- Sim,senhor! sim,senhor! - Ele gritou correndo para os dormitórios.
Fiquei parado de pé em meio aos caídos no chão, Alguns estavam desmaiados outros estavam gemendo.
Derrepente apareceu a primeira divisão inteira, todas as três sub-divisões estavam vindo na minha direção correndo, 60 soldados correndo com a expressão do rosto em fúria.
- Ah... fudeu... - Sussurrei, me preparando para ser surrado.
Peguei os dois porretes que estavam caídos no chão,sabia que se eu fosse fugir não conseguiria por muito tempo,então, com um porrete em cada mão, sai correndo em direção ao exercito que foi mandado para me espancar.
Acordei na enfermaria, cada célula do meu corpo latejava, meu rosto estava inchado aponto de não conseguir abrir o olho esquerdo e o direito ficar aberto com grande dificuldade,estava com soro no meu braço esquerdo e meu braço direito tinha um rasgo enorme, 8 pontos seguravam tal abertura.Tentei me sentar na cama, porem, a dor me fez desistir.
- Calma ai campeão, você esta muito mal. - A voz de Marcos soou ao meu lado.
- Cara,eu fui massacrado pela primeira divisão inteira, a ultima coisa que eu lembro foi de derrubar os dois primeiros com os porretes, logo depois veio uma cacetada na minha cabeça e eu só lembro de acordar agora. - falei com a voz fraca. - Quanto tempo eu to apagado? - Esperava ele dizer algumas horas no máximo.
- Três dias, cara, eu falei pra você bater em alguém, não fazer um massacre, só a primeira divisão inteira conseguiu te parar. - Seu rosto tinha uma cicatriz nova,na bochecha ainda possuía os pontos como a do meu braço,porem a do meu braço era gigantesca.
- cara, eu acho que se eu não tivesse aparecido, você estaria bem pior que agora, mesmo com você desmaiado eles não parraram. - ele disse olhando para mim. - Espero que você tenha uma recuperação ótima, e cara... quando você sair daqui, você vai ficar na solitária um bom tempo, o diretor esta furioso.
- Tudo bem, vou precisar ficar um tempo sozinho para ficar em forma de novo, estou perdendo massa muscular. - Falei sorrindo com meu rosto desfigurado.
- Não é assim, a solitária é horrível cara...
- Cabo Williams, Acabou o horário de visitas, agora só semana que vem cabo. - uma voz feminina saiu da porta do quarto cortando o meu amigo.
- Obrigado Doutora, você poderia não contar nada sobre esta visita ao meu superior? - Marcos falou ao meu lado.
- Claro, não se preocupe, cabo, agora preciso que você saia, o efeito dos analgésicos esta acabando, tenho que colocar ele para dormir novamente. - A loira falava entrando no meu quarto.
- até mais cara, boa sorte, não vou aparecer mais aqui, é ariscado para mim, você sabe. - Marcos falou tentando se desculpar.
- Tranquilo - Falei fazendo sinal para ele ir.
Passei o resto do dia assistindo TV e tomando coca-cola, a doutora queria que eu dormisse, porem eu pedi a ela que me desse os analgésicos mais tarde, ela aceitou, então, no final do dia, somente quando eu não aguentava mais de dor no corpo ela colocou 10 mililitros de morfina, e eu peguei no sono.
Passei duas semanas até receber alta, quando recebi, veio 6 brutamontes, do tamanho do Perreira e me jogaram dentro da solitária.
A sala era simples,apenas um colchão estava lá alem de mim, uns 5 metros acima tinha uma janela, a única coisa que iluminava o local.
A porta era de ferro, tinha uma pequena abertura que era aberta apenas para passar a comida.
Passei a treinar muitas horas por dia, abdominais, flexões e socos nas paredes se tornaram constantes, o tempo foi passando, fui recuperando a musculatura do meu corpo, comia todas as frutas que eles me mandavam, todos os sacos nojentos de alimentos que eu recebia. de vez em quando aparecia uma barra cereal ou um complemento energético, eu sabia que era Marcos que me mandava.
Passado algumas semanas dentro daquele confinamento, me sentia depressivo, estava sentado na cama, descansando de uma serie de flexões e abdominais que eu havia feito,quando gritos de desespero vinham de fora, um grito atrás do outro, me apoiei na porta para tentar ouvir melhor,o que esta acontecendo?
A porta começou a tremer me posicionei para atacar o que for que viesse de fora. A porta se abriu, quando Marcos entrou rapidamente e forçou-a para mante-la fechada.
- O que está acontecendo cara? - Falei nervoso.
- Soubesse daquela empresa que estava fazendo mudanças nos vírus? fazendo testes para a cura do câncer? - Ele falava nervoso.
- sim, eu sei. - Falei sem intender absolutamente nada.
- Então, a câmara de compreensão explodiu. - Ele atropelava suas palavras.
- ta...e o que que tem? - Ainda não conseguia entender o que estava acontecendo,Porem fui ajuda-lo a segurar a porta.
- tem zumbis por toda parte. - Ele falou apavorado...

assinado:David Folks

Quanto mais tu reprime,mais tu alimenta o monstro - By: @TioXuxaSays